Dois homens foram levados para delegacia de Bonito após a Policia Militar Ambiental encontrar carne de caça e armas em uma propriedade rural no qual prestam serviço. Conforme boletim de ocorrência, um dos indivíduos, de 55 anos, se apresentou como responsável pelo abatimento dos animais. O outro, um jovem de 21 anos, foi conduzido a delegacia para prestar esclarecimentos sobre uma espingarda encontrada em seu alojamento.
A PMA chegou até o local, fazenda localizada a 30 km de Bonito na rodovia MS-382, após denúncia de caça ilegal. Os suspeitos prestam serviço como empreiteiros e estão na propriedade há pouco mais de 30 dias.
A carne estava armazena em freezer no galpão e totalizou 55 kg, sendo 52 de cateto, divido em 12 pedaços e 3 kg de cutia, além de um tatu-galinha inteiro, que está na lista de espécie em extinção. O empreiteiro, de 55 anos, assumiu ter caçado os animais e apresentou um rifle calibre 22 e duas munições. Ele foi autuado administrativamente e multado em R$ 28.500,00 pela caça ilegal dos animais.
O outro rifle, também calibre 22, foi encontrado em um trailer, onde outro empreiteiro, de 20 anos, estava hospedado. Em relato aos policiais, o jovem disse que a espingarda sempre esteve no local e que manteve sua guarda desde que chegou a propriedade. Ele negou qualquer participação no abatimento dos animais.
As armas e munições não possuíam documentação e foram apreendidas, juntamente com a carne e animais abatidos e o freezer. Os infratores, residentes em Chapecó (SC), receberam voz de prisão e foram encaminhados a delegacia de Polícia Civil de Bonito, sendo autuados em flagrante por posse ilegal de munições e armas e um ainda por caça dos animais.
A pena para o crime ambiental de caça é de seis meses a um ano e meio de prisão, devido ao tatu-galinha estar em extinção. O crime de posse ilegal de arma, a pena é de um a três anos de detenção.