A mulher, um propósito do coração de Deus

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Por Tania Maria Pellin
Graduada em Pedagogia pela Faculdades Integradas de Naviraí –
FINAV, em 1996, Naviraí/MS. Especialista em Psicopedagogia pelo Centro
Universitário da Grande Dourados – UNIGRAN, em 2007, Dourados/MS. Atua como
professora na Fundação Lowtons de Educação e Cultura – FUNLEC/ Bonito/MS.

O maior acontecimento da história não foi o homem subir e pisar na lua, foi Deus descer e pisar na terra (Billy Graham), esta simples frase dita por este renomado pregador do evangelho nos faz perceber o quanto nossos ideais estão longe do propósito de Deus para as nossas vidas.

Dispondo de uma bíblia, digital ou a impressa (tradicional), no livro de Gêneses, percebemos através de uma breve leitura que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, “Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente” (Gênesis 2:7)

Ao homem, Deus confiou o Éden, ali havia de tudo o que de mais belo existe. Imagine-se neste ambiente, um lugar com árvores agradáveis ao olhar, com plantas de todas as espécies, pássaros multicoloridos com seus cantos que trazem paz a alma, com um rio que irrigava o Jardim e claro, tinha uma luz que irradiava o amor. Neste local de muitas belezas, o homem foi colocado, para que cuidasse e desfrutasse de tudo o que ali possuía. Um tempo depois criou a mulher, para que fosse uma companheira ao homem, pois o mesmo andava triste e solitário, Então o Senhor Deus declarou: “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda” ( Gênesis 2:18).

E Deus, olhando tudo que tinha criado, sentiu que algo estava faltando, pois, aquele lugar angelical clamava por alegria. E assim se fez a mulher. Uma companheira para o homem.

“A mulher foi o último ser criado por Deus; foi o ápice da criação: cheia de beleza, meiguice, delicadeza, força espiritual; foi criada para ser mãe e esposa, carinhosa e sensível. Foi o coroamento da natureza. Ela é a imagem e semelhança mais sensível de Deus. A sua beleza e charme encanta o coração do homem, porque foi criada para ele (Israel Foguel).

Ela foi criada, para que junto ao homem o auxiliasse, andassem juntos, fossem iguais. E, naquele Jardim eram felizes, corriam, brincavam, a inocência a pureza fazia parte do cotidiano. Todas as manhãs conversavam com o seu Criador. Reinava ali a paz. Mas seguindo a leitura nos capítulos II e III de Gêneses, podemos ver o desfecho desta narrativa. A serpente astuta, agiu tentando destruir o sonho do coração de Deus.

E eis que uma lágrima de mulher rolou ao ver que tinha sido enganada e seduzida. Muitas vezes nos indagamos, teria sido prudente o homem deixar a mulher longe do seu olhar? Sendo que esta tinha vindo a existir uma passagem de tempo depois. Ou será que o homem confiou que sua companheira dificilmente seria enganada? A serpente narrada no texto era sagaz, esperta, engenhosa e traiçoeira, sabia muito bem como seduzir e enganar alguém.

A mulher, creio que não estava totalmente consciente dos seus atos, pois a serpente a enganou e a cegou, vindo a cometer a audácia de comer um fruto a ela proibido. Pelo ato inconsequente foram expulsos do habitat em que estavam inseridos. Ambos culpados pela falha, o homem por ser omisso e não vigiar. E ela a mulher por se deixar seduzir com facilidade

Aquilo que eu e você poderíamos chamar de desastre absoluto, Deus pode considerar como um propósito. Ele vê sua vida da maneira que você assiste a um filme depois de ter lido o livro. Quando algo ruim acontece, você sente como se o ar fossa sugado do cinema. Todas as demais pessoas engolem seco diante da crise que se apresenta na tela. Você não. Por quê? Você já leu o livro. Você sabe como o mocinho sai do aperto. Deus vê a sua vida com a mesma confiança. Ele não apenas leu a sua história…Ele a escreveu (LUCADO, Max. Deus está no controle. Mundo Cristão: SP, 2012, p. 92).

Neste momento crucial se rompe o elo entre o homem e Deus, a traição, o zelo por desejar algo que deveria ser respeitado pelos seres criados a imagem e semelhança de Deus, o desejo ardentemente sentido de ser semelhante ao Criador, fez com que ambos fossem lançados a Terra dos mortais.

Deus, com o coração ferido, por ver sua obra tão sonhada se corrompendo, precisou puni-los. Como um pai que ama, corrige o filho, Deus corrigiu os seus, “O homem que quiser conduzir a orquestra tem de dar as costas ao público” (LUCADO, 2012).

 E assim foi, o Criador precisou conduzir seu propósito. Quiçá, pudesse saber como tudo ocorreu.

Adão e Eva após expulsos, estavam com medo, numa terra estranha e cheia de perigos. Mas os olhos do Pai, nunca os abandonou por completo. Sozinhos, sem orientação, precisam aprender a viver neste novo lugar. Agora passaram a ser simples homens mortais. Sentiam fome, dor, sede e medo “Quando o homem endurece o coração, Deus continua a falar-lhe, mas o homem não pode ouvir (Billy Graham).

Sentiram-se desamparados, desabrigados, ali tudo era diferente do que estavam habituados a viver, e Deus um ser de amor, ainda falava com ambos, orientava e, se fazia presente quando clamavam a Ele. Imagino que o criador, sonha então com a família, e conferiu a mulher o dom de trazer a vida, sendo que sua vida veio do homem já que este foi criado primeiro.

Os sonhos precisaram ser modificados, o homem e a mulher agora precisam superar e seguir o novo caminho lhes apresentado. E nesta nova dinâmica, precisaram de novos impulsos, de novos sonhos. E com a permissão do Senhor usaram seus talentos para iniciar a nova jornada. O coração contrito da mulher, seu arrependimento tocou o coração de Deus. As lágrimas derramadas pelo arrependimento, sem saber muito argumentar, chorava, “ Não são os longos discursos nem a linguagem eloquente que agrada aos ouvidos do Senhor, mas um coração humilde, quebrantado e contrito ” (John Bunyan).

A culpa a ela direcionada, perdura até os dias atuais. Muitos a usam com a finalidade de oprimir a mulher. Esquecem que tudo era propósito do Criador. Ele sabia e sabe todas as coisas. O peso a mulher atribuído, o sentimento de inferioridade se apossou do doce, meigo e suave coração. Coração este que foi enviado para emanar o amor.

Nos séculos que se passaram vemos o quanto a mulher foi oprimida. Deixada sempre em segundo plano. O homem à moldou de forma que ela fosse submissa aos seus desejos e vontades. Mas esta, não era a vontade de Deus, pois a criou para ser auxiliar do homem e não para que fosse um objeto para que a usasse como quisesse e depois a deixasse.

A mulher é uma joia rara, sonho de Deus, veio para ser amada, cuidada, protegida. Veio ao mundo para trazer a vida, para frutificar, para exalar o suave perfume do amor e para ser a companheira ideal, aquele a quem o Senhor colocou em seu caminho, “Uma mulher virtuosa, quem pode encontrá-la? Superior ao das pérolas é o seu valor” (Provérbios, 31:10).

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