Uma mulher de 35 anos, identificada como Fabiele Cabreira, morreu por volta das 22 horas desta quinta-feira (26), no Hospital Darci João Bigaton. Ela teria dado entrada na unidade por volta das 13 horas, acompanhada por um familiar, relatando dores na cabeça e náuseas após tomar em casa, uma quantidade elevada de medicamento para dormir, classificado como tarja preta.
Segundo relatado pelo hospital, a paciente foi atendida e medicada com remédios para dor, depois deixada em observação. Por volta das 17 horas ela recebeu alta, mas cerca de 20 minutos depois, ainda na unidade, reclamou novamente de náuseas, recebendo uma dose de medicamento para enjoo. Ela permaneceu no hospital e por volta das 21 horas começou a passar mal. O médico plantonista foi acionado e enquanto checava o quadro clinico da mulher, ela sofreu uma parada respiratória.
A partir daí foram iniciados os processos de salvamento, com tentativa de reanimação e encaminhamento para ala vermelha. As tentativas de salvar a paciente duraram cerca de 1 hora, porém ela não resistiu e veio a óbito.
A coordenação do hospital informou a reportagem que a paciente tem histórico de ocorrências por excesso de medicação, tendo sido a última no dia 30 de abril, quando ficou internada. Ela também recebeu encaminhado para o CAPs (Centro de Atenção Psicossocial).
Como não foi possível determinar a causa da morte, diante da evolução do caso na unidade hospitalar e com os exames realizados durante o atendimento, o corpo será levado para IML (Instituto Médico Legal) para exames toxicológicos.
A medida, segundo o Hospital, é para resguardar a unidade, uma vez que familiares reclamaram de erro no atendimento da paciente, com medicação que poderia ter levado a óbito. A denúncia está sendo apurada, mas segundo o hospital, até o momento a hipótese de erro médico não é considerada, levando em conta o prontuário e conduta da equipe que estava no plantão .
Confusão
Outra ocorrência envolvendo a família da paciente foi registrada na Delegacia de Bonito. O cunhado, que estaria acompanhando a irmã da vítima, agrediu a recepcionista do Hospital, após ser barrado de entrar na área restrita da unidade.
Segundo registro policial, a funcionária teria levado um copo de água para a irmã da paciente, que havia acabado de ser informada sobre o óbito, quando o rapaz de 22 anos se descontrolou e tentou invadir o pronto socorro.
Ao ser informado que não poderia entrar no local, ele teria segurado pelo braço da recepcionista e a empurrado contra uma porta de vidro, vindo a causar hematomas nos seus braços e costa.
A Guarda Municipal foi acionada e ao abordar o suspeito, que estava do lado de fora do Hospital, ele confirmou a agressão e disse que perdeu o controle devido à morte de sua cunhada. Os envolvidos foram encaminhados para a delegacia para providências cabíveis.