Depois de dois anos, o Censo Demográfico voltou a ser realizado no Brasil, mas neste ano, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica) tem enfrentado dificuldades para conseguir mão de obra. Em Mato Grosso do Sul, a falta de recenseadores em atrasou o levantamento em Bonito e outros nove municípios.
A falta de mão de obra é um problema enfrentado por todo o país desde agosto, mas é pior nas regiões centro-oeste, sudeste e sul. Aqui, terceiro estado brasileiro com menor taxa de desocupação, essa dificuldade e uma mudança recente no mercado de trabalho, fez com que a quantidade de recenseadores nas ruas ficasse muito abaixo do ideal.
No início das pesquisas eram estimadas 2.224 vagas, mas no auge dos trabalhos, 1.497 foram preenchidas, como explica Alex Uchôas, coordenador operacional dos Censos no Estado.
Essa falta de mão de obra afetou diretamente dez municípios de Mato Grosso do Sul: Bonito, São Gabriel do Oeste, Ivinhema, Caarapó, Coronel Sapucaia, Maracaju, Nova Andradina, Jaraguari, Caracol e Ribas do Rio Pardo.
Para tentar suprir essa defasagem, uma Medida Provisória que autoriza servidores públicos aposentados e MEIs (Microempreendedores Individual) atuarem no Censo Demográfico 2022 foi publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira, dia 21 de novembro. A expectativa é com isso cresça a procura pelas vagas na resta final da pesquisa.
“A gente tinha o impedimento que não podia contratar microempreendedores, então isso afastava de nós muitos trabalhadores que podiam ser recenseadores, mas tinham o MEI ativo e não podiam ser recenseadores, mas agora pode. Então a medida provisória vem para dar para gente mais competitividade”, explicou Alex.
Com a medida em vigor, novas vagas foram abertas em MS. Não há um número especifico, mas a prioridade é contratar moradores dessas dez cidades, onde a coleta está abaixo dos 50%. Para atrair recenseadores, o IBGE desenvolve um trabalho junto com as prefeituras de cada cidade. Outra saída encontrada, foi o remanejamento dos contratados.
“São municípios fáceis, que com mão de obra conseguimos resolver em pouco tempo”, reforçou o surpreendente do Instituto, Mario Alexandre de Pinna.
Quem deseja se candidatar, precisa entrar em contato com o instituto e ver a disponibilidade de vaga na sua cidade. Para isso, basta ligar no telefone (67) 3320-4200.
Os recenseadores ganham por produtividade. Existem taxas que são pagas por cada pesquisa realizada, que podem mudar de acordo com o município e a dificuldade de acesso. Os valores vão de R$ 7 a 12 por relatório respondido.