O Prefeito Josmail Rodrigues anunciou nesta sexta-feira (10) que Bonito vai investir na elaboração de um ‘Plano Master de Drenagem’, para garantir a qualidade das águas fluviais do município. O projeto técnico deve ser licitado no próximo mês, em parceria com o Governo do Estado, e os recursos para execução serão captados em fontes de financiamento internacional, voltados para conservação ambiental em territórios que possuem certificação em Carbono Neutro.
“Nesta semana estive em Campo Grande, onde conversei com o secretário Hélio Peluffo, da Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística), acompanhado sempre do deputado Paulo Correa, que tem sido um apoiador desse projeto, e discutimos sobre a criação desse plano master de drenagem, que deve ter duração de 30 anos e tem como objetivo principal acabar com o turvamento dos rios de Bonito”, detalha o prefeito.
Josmail também lembra que o município e o Governo do Estado, em parceria com algumas instituições como o IASB (Instituto das Águas da Serra da Bodoquena), Sindicato Rural, Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS) e Promotoria de Justiça de Meio Ambiente estão desenvolvendo várias ações voltadas para conservação de solo e recursos Hídricos, tanto na área urbana quanto rural.
“Nos dois últimos anos as estradas vicinais do MNGLA, da Nascente do Rio Sucuri e da Estância Mimosa receberam investimentos superiores a R$ 2 milhões para conservação de solo e água. Isso porque a falta de drenagem adequada nelas, carreava sedimentos para o Rios Anhumas, Formoso e Mimoso respectivamente, contribuindo para o assoreamento e turvamento deles”, complementa.
A secretária de Meio Ambiente, Ana Trevelin, também destaca que este último turvamento, principalmente na região do Balneário Municipal, é resultado de um acumulado de chuva superior a 200 mm em menos de três dias.
“Cabe ressaltar que o mês de janeiro não recebia esse índice pluviométrico desde 2019 e naturalmente houve um impacto profundo na qualidade das águas, mas isso não quer dizer que não estão sendo devolvidas ações para evitar esse tipo dano”, detalha ao acrescentar que também foram realizadas adequações na estrada vicinal que leva aos assentamentos Girassol, São José e Pé de Cedro, localizados na Microbacia do Rio Mimoso.
Na área urbana a Prefeitura, por meio das secretarias de Meio Ambiente e de Obras, realizou mapeamento de áreas que podem ser transformadas em bacias de contenção, que armazenem as águas pluviais e diminuam o fluxo e sua velocidade para os córregos urbanos.
“O objetivo é de que até 2024 termos conseguido comprar e adequar pelo menos três áreas urbanas para está função. Entretanto o desafio da drenagem urbana é grande e envolve três córregos que possuem inclusive, conflito de ocupação em APP, incluindo ainda ligações irregulares de esgoto na rede de drenagem, bem como de drenagem na rede de esgoto”, acrescenta a secretária.
Com relação ao uso do solo nas propriedades rurais, a SEMA faz parte e apoia a Câmara Técnica de Conservação de Solo e Água da Serra da Bodoquena, na qual a função é analisar e orientar projetos de uso de solo para propriedades que estejam no território.
Para acompanhamento deste trabalho foi instalado na Secretaria Municipal de Meio ambiente, em Bonito – espaço onde também funciona a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPEDEC) – uma Sala de Situação, que recebe as demandas das pessoas interessadas em realizar ações de mecanização de solo, compreendendo qualquer tipo de operação, tais como, aração, gradagem, subsolagem, com vistas à renovação ou à recuperação de pastagens e à implantação de lavouras perenes ou temporárias e de outras atividades de movimentação de solo nas áreas de contribuição das Bacias Hidrográficas dos rios Betione, Formoso, da Prata e Salobra, nos municípios de Bodoquena, Jardim, Bonito e Miranda.
Importante salientar que existem outros fatores que impactam o turvamento do Rio Formoso atualmente, resultantes das obras de construção das Rodovias do Turismo e da MS-345 e que a Prefeitura tem feito solicitações de ajuste de práticas com a AGESUL e a Seilog.
Fonte: PMB