Prefeitos do sudoeste e governador se reúnem em Bonito para discutir ações emergenciais após chuvas

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Prefeitos de oitos municípios da região sudoeste do Estado se reuniram com o governador Eduardo Riedel, em Bonito, na manhã deste domingo (26) para debater ações emergenciais após chuvas torrenciais dos últimos dias, que chegaram a 300 mm em um único dia, em algumas localidades. A prioridade apresentada pelo grupo é a manutenção das estradas, levando em consideração o período de escoamento da safra e retorno das aulas, bem como apoio aos desabrigados.

Josmail Rodrigues, prefeito de Bonito, explicou que Bonito possui mais de 3 mil km de estradas vicinais e que o danos causados pela chuva da última sexta-feira (24), quando a cidade registrou entre 150 e 180 mm pouco mais de 6 horas, são imensos e vão prejudicar inclusive, o retorno as salas de aula dos alunos que dependem do transporte escolar.

“A situação em Bonito é crítica, vocês provavelmente viram nas mídias um pouco do que aconteceu, tivemos pessoas ilhadas, acessos interditados, moradores desabrigados porque a água invadiu as casas, mas tudo isso conseguimos atender, com apoio da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e nossas equipes de trabalho. Para nós o grande problema agora são as estradas. Estamos em período de colheita e quando o tempo secar, os produtores vão começar a colher todos juntos e teremos uma demanda imensa de caminhões nas estradas, isso sem falar no transporte escolar, que na sexta-feira já não rodou e agora vamos ver o que fazer para começar a semana. Então a ajuda do Governo do Estado nesse ponto será fundamental”, detalhou.

Já os prefeitos de Miranda e Bela Vista, Fábio Florença e Reinaldo Piti, afirmaram que a preocupação maior tem sido com as famílias desabrigadas. “Em Bela Vista o nível do Rio Apa está ameaçando um bairro inteiro. Por enquanto estamos conseguindo abrigar algumas famílias, mas precisamos de apoio com alimentação, colchões e claro, no monitoramento e se for o caso, retirada dos moradores das áreas de risco”, disse Piti.

“Em Miranda nossa preocupação é com toda essa água que vai descer dos municípios ainda. Já realocamos algumas famílias para abrigos e estamos monitorando a situação de outras. Todo apoio do Estado neste momento será essencial, principalmente com alimentação e também combustível para os maquinários da Prefeitura, para que possamos começar alguns reparos”, completou Fábio Florença.

O prefeito de Porto Murtinho, bem como o de Nioaque, também reforçaram a questão das estradas rurais, lembrando ainda as aldeias indígenas que ficaram isoladas com quedas de pontes ou danos na pista.

Os prefeitos de Bodoquena e Guia Lopes acrescentaram a necessidade de recapeamento das ruas, que ficaram bastante danificadas pela enxurrada e a prefeita de Jardim pediu a liberação de maquinários do programa Prosolo para uso emergencial na cidade.

O titular da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruk afirmou que vai solicitar ao Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de MS) um relatório de chuvas para que os municípios também tenham um relatório técnico oficial em caso de pedido de situação de emergência e reforçou a urgência da manutenção das estradas.

“Nós temos uma questão de curto prazo que é a safra, então as chuvas vão pressionar ainda mais isso e nós teremos uma janela muito curta para sair com essa produção e todos nós teremos uma pressão muito grande, em curtíssimo prazo. Temos que nos preparar inclusive para ter máquinas disponíveis para puxar caminhão, porque não vamos conseguir recapear todas as estradas e na área da manutenção das atividades turísticas, teremos que esperar realmente as aguas baixarem para ver qual o tamanho dos estragos que teremos nos atrativos, para então ver como poderemos ajudar, inclusive com a agilidade no sistema de licenciamento”, detalha.

O governador reforçou o apoio do Estado no apoio as famílias desabrigadas ou em situação de vulnerabilidade por causa da chuva. “Vocês podem nos acionarem para conseguir emergencialmente, e não é só cesta básica, as vezes há necessidade de roupas, colchões, cobertor, como é o caso ali de Bela Vista, na baixada Corinthiana, onde são tantas famílias e as vezes precisa até de estrutura para abrigar essas pessoas. Já no caso da Infraestrutura, o problema dos municípios também é o do Estado, com falta de maquinário, ou falta de operadores, mas o ponto positivo é que a gente tem condições de apoiar, seja com combustível ou com estrutura para a gente avançar e nós vamos atacar de imediato será  a manutenção”, finalizou.

Estiveram presentes o prefeito de Bonito, Josmail Rodrigues; Bodoquena, Kazu Hori, Miranda, Fábio Florença, Nioaque, Valdir Couto Junior; Guia Lopes, Jair Scapini, Jardim Clediane  Matzenbacher; Bela Vista, Reinaldo Piti e Porto Murtinho, Nelson Cintra.

Acompanharam o governador os secretários da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruk; da Casa Civil, Eduardo Rocha e da Seilog (Secretário de Estado de Infraestrutura e Logística), Hélio Peluffo.

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