Gaslighting: violência psicológica

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Gaslighting significa manipulação. É uma violência psicológica que pode ocorrer em qualquer tipo de relação (trabalho, família, namoro, casamento entre outros). Ocorre quando o agressor, que pode ser a mulher ou o homem, manipula o outro, fazendo com que a vítima se sinta culpada, insana, histérica e louca.

Este tipo de violência, podemos dizer que, acontece de maneira sutil, onde o agressor fala frases e questiona ações simples da vítima induzindo esta a pensar:

“Será que o que estou falando é correto mesmo?”

“Será que estou exagerando?”

“Será que é coisa da minha cabeça?”

Em situações simples do dia a dia, alguma conversa aleatória, sem nenhuma intenção ruim, mas o agressor distorce e inicia os questionamentos com perguntas do tipo:

Por que você está gritando?”

Quando na verdade o tom da sua voz está adequado.

“Você anda muito esquecida.”

Quando na verdade você nunca se esqueceu de nada e se lembra de ações nitidamente, fazendo com que você confunda a realidade com a fantasia.

“Você está louca, não tem nada a ver uma coisa com a outra”

Quando na verdade os fatos reais dizem ao contrário, mas você acaba se questionando se você estava certa.

O objetivo do agressor é que a vítima se sinta louca, histérica,  insensata, que possui reações exageradas estando a maior parte do tempo equivocada, fazendo com que sua autoestima e  confiança  diminuam e tenha a maior parte do tempo o sentimento de culpa e vergonha. Se tomando por vez vulnerável e sendo manipulada e controlada pelo agressor.

Para quem está dentro, é difícil perceber, afinal o agressor já fez com que a vítima acreditasse em muita mentiras sobre ela mesma. Geralmente as vítimas procuram ajuda psicológica por causa da depressão, ansiedade e baixa autoestima, e acabam descobrindo que a origem foi o relacionamento abusivo.

Não precisa ter agressões físicas para se caracterizar um relacionamento abusivo.

Indico para vocês assistirem o seriado da Netflix “Bom dia, Veronica” , e se você se identificar com a Veronica, procure ajuda o quanto antes. E, se você se identificar com o agressor e tenha o desejo de mudar, procure ajuda psicológica também.

Adini Kecy Matias Costa, é psicóloga graduada pela Universidade Anhanguera-Uniderp Matriz, em 2017, em Campo Grande/MS, pelo método PBL (Projects Based Learning) em que a aprendizagem é realizada a base de problemas, sendo o modelo Internacional de inovação de ensino, utilizado pelas melhores Universidades do mundo, como a Harvard e a Massachusetts Institut of Technology (MIT). Atualmente atua na área clínica, no Instituto Carol Valdes, em Campo Grande, atendendo crianças, adolescentes e adultos, focando na qualidade de suas relações e no alívio de sua dor interna.

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