Maior participação da mulher na política significa abrir o leque para a sensibilidade feminina não apenas nos temas relativos à pauta social, mas também nas questões mais carentes de solução: saúde e educação de qualidade para todos, segurança pública, geração de emprego e renda, retomada da economia, equilíbrio das finanças públicas. Para tudo isso, podemos ter a contribuição da mulher com sua capacidade, força e coragem.
Em 2021, nossa luta pelo empoderamento da mulher ganhou um round no Senado. Criamos a Liderança da Bancada Feminina para termos protagonismo na elaboração da agenda da Casa. Queremos nossas pautas na Ordem do Dia do Congresso ao longo de todo o ano, e não apenas nas datas comemorativas.
Já percebemos a mudança e fechamos março com balanço altamente positivo de aprovação de projetos que tratam do combate à violência contra a mulher, de saúde e de capacitação profissional. A maior vitória foi ter tirado da gaveta, após 10 anos, o projeto que multa o empregador que paga mais para o homem do que para a mulher no exercício da mesma função. Ainda hoje, em pleno século 21, nós recebemos, em média, 25% a menos do que os homens. É como se a mulher tivesse uma contribuição extra descontada do contracheque, unicamente pelo fato de ser mulher. Discriminação injusta, vergonhosa e inconstitucional. Agora, doendo no bolso, vamos ver uma real mudança de atitude no mercado de trabalho.
Conquistas como esta demonstram a necessidade da nossa presença na política. Nossa sensibilidade NUNCA deve ser confundida com fraqueza. Por isso, brigamos por nosso devido lugar ao sol.
Simone Tebet é Senadora (MDB-MS). É Líder da Bancada Feminina do Senado e foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça
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