Smartphone um desafio a ser superado – parte II

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Tania Maria Pellin

Ah se esta geração soubesse o que é viver de verdade!

Nem joelho ralado se vê mais! A boneca, a bola, a peteca, bolinhas de gude, bicicleta, entre tantos outros brinquedos que em um passado tão próximo faziam sucesso, agora estão esquecidos! O patim roller, está lá, ainda na embalagem, a euforia em tê-lo foi superada, de repente perdeu a graça. As bonecas empoeiradas jogadas em uma caixa qualquer já não mais cativa a criança a brincar.

Nossas crianças  se distanciam da vida em sociedade cada vez mais, precisamos retomar voltar, retroceder, ou outro sinônimo que julgue adequado. Uma coisa é certa, da maneira que está não seria prudente prosseguir. Estamos carentes em ouvir risos, correria pela casa. De repente, tudo que era tão normal deixou de existir. Nem aquela briga pelo controle da televisão existe mais.

A tecnologia nos roubou o que havia de mais precioso, “a cumplicidade”, os momentos em família. Por vezes, os corpos estão reunidos, mas cada um está em um mundo diferente, não existe mais a conexão, a troca de ideias. Onde erramos?

Como nos permitimos chegar ao nível em que a humanidade se encontra?

Alguns docentes até que tentam mudar o caos atual, chegam a incentivar o tal “trabalho em grupo”, mas que grupo seria este? Até que, se reúnem em determinada residência, mas fazem uma pesquisa breve e, acaba cada um para um lado no seu confidencial celular. Confidencial sim, porque muitas mães não têm acesso ao mesmo. A tal senha, não as deixa ver o que há de tão interessante no tal aparelho que aos poucos lhes rouba os filhos.

De alguma forma, precisamos trazer o lúdico de volta, precisamos proporcionar um encantamento em nossos filhos sejam eles crianças ou adolescentes. O brincar precisa ser resgatado, e com urgência, autores renomados como Piaget, Vygostsky argumentam o brincar como algo inseparável à natureza humana, o bebê desde cedo já brinca com os dedinhos, adquire conhecimentos ao brincar.

Precisamos fazer uma viagem ao túnel do tempo e trazer para o dia a dia a amarelinha, o esconde-esconde, a peteca, a gangorra, e tantas outras brincadeiras que nos cativaram há alguns anos.

Não podemos nos deixar vencer! Eu me recuso a aceitar uma derrota para um mundo não real.

Vamos combinar algo? Conceda-lhe de presente 30 minutos por dia, dance, corra, ande, brinque, chore, ria. Se invente. Curta seu filho, filha. O tempo passa

Lá fora, há muito que conhecer um mundo fantástico cheio de realizações e aventuras, permita-se viver!

 

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