O Instituto Butantan anunciou a criação da Butanvac, nova candidata a vacina contra a Covid-19, e disse que pedirá autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda nesta sexta-feira (26) para iniciar os estudos clínicos em voluntários.
Resumo do anunciado pelo Butantan:
– Os testes podem começar em abril se a Anvisa autorizar
– A fabricação começa em maio, e 40 milhões de doses estarão disponíveis a partir de julho, mas dependem de aval da Anvisa para serem usadas
– A tecnologia é a mesma da vacina da gripe
– A vacina já leva em conta a variante brasileira, a P1
– A promessa é a de que a vacina produza uma resposta imune maior que as vacinas atuais
O governador João Doria (PSDB) convocou uma entrevista coletiva para a manhã desta sexta-feira, 26, ao lado do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, para dar uma notícia “da ciência, que nos enche esperança na luta contra a Covid-19”.
Diferentemente da Coronavac ou da vacina de Oxford, em que os parceiros nacionais podem produzir uma capacidade limitada de doses, na nova vacina o Instituto Butantan é o principal desenvolvedor dentro de um consórcio e poderá produzir a maior parte dos imunizantes.
O pedido de autorização para testes contempla as fases 1 e 2 dos estudos, que analisam a segurança e a capacidade de promover resposta imune. A fase da eficácia, na qual as vacinas podem pedir o uso emergencial ou o registro definitivo, é a terceira fase.
O Butantan já é protagonista na vacinação contra a Covid-19 no Brasil com a Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac. O Instituto Butantan conduziu a testagem do imunizante no país e é o responsável pelo envase do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) que é importado da China.
A vacina já foi cadastrada no sistema da OMS, com as empresas Dynavax e PATH como parceiras. Ao todo, segundo o Ministério da Saúde, há 17 estudos pré-clínicos de vacinas no Brasil.
Com informações do G1 e da CNN Brasil