Os grupos podem ter no máximo 9 visitantes e o guia
Fechada desde 19 de maço de 2020, a Gruta do Lago Azul, considerada o principal cartão postal de Bonito, reabre para o público nesta quinta-feira (18), ainda com restrições no número de visitantes e seguindo protocolos de biossegurança. O valor de entrada também sofreu alteração, com acréscimo de 40% a 46%, conforme calendário de baixa e alta temporada.
Nesta quarta-feira (17) o Bonito Mais esteve no atrativo, para conhecer como vai funcionar a rotina de visitações a partir de agora. Entre as principais mudanças estão o número de pessoas que poderão descer a cavidade diariamente, que antes era de 305 mais 15 guias e agora será de 72 visitantes mais 9 guias. “Serão grupos de no máximo 10 pessoas, já contando o instrutor”, destaca Jagles Brasil, responsável pela gerência da Gruta na nova gestão.
Além de grupos menores, outras medidas de biossegurança devem ser seguidas pelos visitantes, como o uso constante de máscaras de proteção facial e do capacete de proteção, higienização das mãos e pés. Crianças menores de 5 anos também não podem descer a cavidade, bem como não é autorizada roupa de banho ou mesmo descer sem camiseta.
“Os capacetes são higienizados após o uso e separados por 24 horas, ou seja, os que forem usados hoje, só serão utilizados novamente amanhã. Além do mais, temos tocas descartáveis, caso o visitante prefira uma maior segurança. Também foram instalados totens de álcool em diversos pontos do atrativo, incluindo na entrada da cavidade, onde também colocamos o tapete anti-covid, para higienização dos pés”, acrescenta Brasil.
Preços: Os valores de entrada da Gruta serão de R$ 90 e R$ 130, em baixa e alta temporada respectivamente. Os últimos valores praticados antes do fechamento do atrativo eram de R$ 64 e R$ 89, conforme apurado com agências de turismo da cidade.
A justificativa para aumento do preço, segundo explanado pelos parlamentares durante aprovação do projeto de lei, é que, além de estar defasado, com a oficialização dos contratos entre os três poderes, Bonito receberá apenas 30% do valor da entrada e será responsável por todas os custos de operação do local, desde aquisição de EPIs e reforma da escadaria para reabertura, até despesas diárias com limpeza, manutenção e capacitação dos profissionais.
Do total do valor arrecado com o voucher, 20% fica para União, 10% para Estado, 20% para as Agências, 20% para os Guias e 30% para o Município.
Entenda as divisões: Conforme a Constituição Federal as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos do Brasil são bens da União. Em 1990, por meio do Decreto Federal 99.556 as cavidades naturais subterrâneas ganharam a condição de “patrimônio cultural brasileiro” e por isso a conservação e exploração da Gruta estavam nas mãos Governo de Mato Grosso do Sul, cedida ao Município de Bonito, porém não oficializada em documentação.
Com o fechamento durante a pandemia, a reabertura do atrativo ficou condicionada a acordos formais com a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e com o IMASUL (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
Em 20 de janeiro deste ano, a União publicou autorização de cessão onerosa da Gruta ao Município. O contrato foi oficializado na última sexta-feira (19) e garante ao SPU o repasse de 20% do valor arrecado com a entrada, além de R$ 33 mil anuais.
Já o Imasul tem os direitos legais sob a unidade de conservação, onde estão localizados a trilha de acesso a Gruta do Lago Azul e os sanitários. Também na última sexta-feira (19), foi publicada no Diário Oficial do Estado, a portaria autorizando o Município de Bonito a utilizar esse local, desde que, fazendo repasse de valores arrecadados com a taxa de visitação. O documento não apresentava percentual. O valor de 10% foi confirmado pelos vereadores.
