No domingo, 25, é dia de Oscar. Nestes tempos de pandemia, com dificuldades para salas de cinema em todo o mundo, muitos dos filmes que concorrem nas diversas categorias da principal premiação do cinema mundial estão disponíveis em serviços de streaming, como Netflix e Amazon Prime.
Então, vários dos indicados em diversas categorias estão a um clique de você. Pra te ajudar a maratonar e estar bem-informado para a cerimônia de domingo, vamos trazer a partir de hoje informações sobre alguns dos indicados, impressões sobre o que nossos jornalistas acharam – sem a pretensão de sermos exímios críticos de cinema. Apenas compartilhamos opiniões pessoais sobre como fomos impactados pelas obras que disputam o Oscar 2021.
Era Uma Vez um Sonho
O filme concorre nas categorias de Melhor Cabelo e Maquiagem e Melhor Atriz Coadjuvante.
Dirigido por Ron Howard (Oscar de Melhor Direção por Uma Mente Brilhante), é baseado no livro autobiográfico de J.D Vance, “Hillbilly Elegy: A Memoir of a Family and Culture in Crisis” (Elegia Caipira: Memórias de uma Família e uma Cultura em Crise).
O filme conta a história da família de J.D, um “caipira”, que tenta romper o fraturado ciclo familiar – marcado por uma mãe viciada, figuras masculinas repressoras, pobreza – para ser o primeiro Vance a ingressar na universidade.
O filme acompanha J.D que, já na faculdade, têm que voltar para sua cidade do interior em socorro da mãe, vítima de overdose de heroína. A história se desenrola com flashbacks da infância de J.D e os desafios que ele enfrentou para cursar Direito na Universidade de Yale.
É durante as passagens da infância que surge a avó de J.D, Mamaw, vivida por Glenn Close. A atuação muito próxima à Mamaw da vida real – já falecida – rendeu a Close a indicação para Melhor Atriz Coadjuvante. O trabalho de caracterização de Close para que ela ficasse parecida com Mamaw rendeu à equipe do filme a indicação para Oscar de Melhor Cabelo e Maquiagem – nos créditos finais do você pode conferir fotos da vida real e notar como a caracterização ficou perfeita.
O livro que deu origem ao filme fala de uma família tipicamente americana no interior, “caipiras americanos” e de como a cultura deste contexto se encontra em crise. Boa parte da crítica aponta a falta de profundidade em abordar o tema e a construção estereotipada dos personagens como os principais problemas do filme.
Para além das observações sempre válidas da critica especializada, nós gostamos do filme, especialmente porque trata de temas sobre a influência familiar na construção de quem somos hoje. Como nos tornamos quem somos? Como as relações familiares influenciam as pessoas que nos tornamos, as escolhas que fazemos? O filme conduz você a lembrar o passado, revisitar e refletir sobre como acontecimentos da infância, da adolescência, interferem no agora.
Achamos que vale a pena. Tá na Netflix.