Secretário de Estado de Saúde afirmou em entrevista, que o toque de recolher deve ser a partir das 21 horas
Prefeitos de diversas cidades de Mato Grosso do Sul se reuniram no plenário da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, na manhã desta segunda-feira (8) para debater sobre medidas mais restritivas de combate ao coronavírus. Entre as pautas estavam a possibilidade de lockdwon, descartada pela maioria, conforme apurado pelos sites da Capital e aumentar o horário de restrição de circulação dos moradores em vias públicas.
A secretária-adjunta de Estado de Saúde, Christine Maymone, apresentou os números da pandemia da Covid-19 em MS, destacando principalmente os percentuais de ocupação de leitos hospitalares nos municípios, afirmando que a Capital e Dourados, a segunda maior cidade do Estado, estão sem vagas de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para internar novos pacientes infectados pela doença no Estado.
Segundo ela, o quadro de superlotação dos hospitais preocupa muito no momento em que o Estado bate recorde de internações desde a constatação do primeiro caso de Covid-19 em MS. Atualmente, 724 pacientes estão hospitalizados. Outra preocupação é com a nova variante da Covid-19 no Estado.
Em entrevista ao site Midiamax, o prefeito de Bonito, Josmail Rodrigues, afirmou que o município segue os protocolos de biossegurança, elaborados por setor, e que deve ‘aumentar a austeridade nas punições’. ”
“Quem violar as disposições do decreto vai ter alvará cassado por 90 dias. Também vamos apertar o horário do toque [de recolher]. Mas não vai ter lockdown”, finalizou o prefeito ao site da Capital.
Atualmente Bonito está na bandeira vermelha do Programa Prosseguir, o que conforme decreto estadual, determina o horário do toque de recolher entre as 22h e 5 horas.
O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende disse em entrevista ao site G1, que as medidas adotadas pelas prefeituras não estão sendo suficientes e defende o toque de recolher às 21 horas em todo estado e não às 23 horas, como está previsto atualmente.
O presidente da Assomasul e prefeito de Nioaque, Valdir Júnior, informou que antes do encontro com os técnicos da área de Saúde se reuniu com os presidentes dos seis consórcios municipais a fim de traçar uma estratégia de atuação.
A ideia, segundo ele, é que os consórcios passem a comprar vacinas caso o governo federal não cumpra com o PNI (Plano Nacional de Imunização), conforme garantia dada pelo ministro Eduardo Pazuello, durante videoconferência com prefeitos e a CNM (Confederação Nacional de Municípios), semana passada.
Os seis consórcios são Cidema (Anastácio, Antônio João, Aquidauana, Bela Vista, Bonito, Camapuã, Caracol, Corguinho, Corumbá, Guia Lopes da Laguna, Jaraguarí, Jardim, Ladário, Maracaju, Miranda, Nioaque, Porto Murtinho, Rio Negro, Rochedo e Sidrolândia); Cidecol (Água Clara, Aparecida do Taboado, Cassilândia, Chapadão do Sul, Inocência, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo e/ Selvíria); Codevale (Angélica, Anaurilândia, Bataguassu, Bataypora, Brasilândia, Ivinhema, Glória de Dourados, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Santa Rita do Pardo e Taquarussu; Cideco (Deodápolis, Douradina, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Itaporã, Jateí, Nova Alvorada do Sul, Novo Horizonte do Sul, Rio Brilhante e Vicentina; Conisul (Iguatemi, Mundo Novo, Eldorado, Japorã, Itaquiraí, Naviraí, Jutí, Caarapó, Tacuru, Sete Quedas, Paranhos, Coronel Sapucaia, Aral Moreira e Amambai; e Cointa (Alcinópolis, Bandeirantes, Camapuã, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Pedro Gomes, Rio Verde , São Gabriel do Oeste e Sonora.