Operação contra incêndios em Mato Grosso do Sul multou dois moradores da região sudoeste do Estado. Proprietário de uma fazenda e um morador sem-terra acabaram autuados após usarem fogo para limpar terrenos próximos a áreas de preservação ambiental.
O primeiro caso foi registrado em Anastácio. As equipes do no Distrito de Águas do Miranda, em Bonito, realizavam trabalhos preventivos e panfletagem sobre educação ambiental em prevenção aos incêndios nas propriedades quando se depararam com a área incendiada.
No local havia montes de vegetação arbustiva, tocos e galhadas, consequência de limpeza de pastagem realizada sem autorização ambiental. Para destruir a “sujeira” o responsável pela propriedade ateou fogo no material. Para os policiais, ele alegou não saber que a queimada controlada está proibida em todo o Estado de Mato Grosso do Sul, inclusive, para quem possuía a licença.
Ainda assim, foi orientado, autuado administrativamente e multado em R$ 1 mil.
O segundo caso aconteceu na quarta-feira (25). Moradores do Polo Industrial de Nioaque avisaram que uma área da Prefeitura Municipal havia sido invadida há alguns meses por sem-terras e estaria sendo incendiada.
A PMA foi ao local e identificou o incendiário, idoso de 73 anos. Ele afirmou a polícia que realizou a limpeza da área para construção de um barraco e colocou fogo em um amontoado de vegetação, mas acabou perdendo o controle das chamas.
Após extinção do incêndio, a PMA realizou levantamento com uso de drone e GPS da área incendiada, e constatou 2,2 hectares destruídos pelo fogo.
A área queimada fica dentro da parte de preservação permanente de matas ciliares do rio Urumbeva, protegida por Lei. Por isso o idoso foi autuado administrativamente e foi multado em R$ 10 mil. Ele também responderá por crime ambiental de degradação de área protegida, com pena prevista de um a três anos de detenção.