Segundo dados do Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas) de Miranda, de 2020 a maio de 2021, a cidade registrou 15 casos de exploração sexual de crianças e adolescentes.
Dos 15, 10 foram estupros e outros 5 abusos – estes últimos, praticados em sua grande maioria, por pessoas conhecidas das famílias das vítimas. A faixa etária dos casos atendidos fica entre 9 e 15 anos.
“É um dado alarmante”, diz Luciana Bispo, psicóloga do Creas – que é a instituição responsável por acompanhar casos de pessoas com direitos violados, como crianças vítimas de estupros e abusos. A psicóloga diz que um dos motivos para este elevado número de casos é a pandemia. Crianças e adolescentes ficam muito mais tempo em casa e, às vezes, os abusadores são pessoas do seu próprio círculo familiar.
Os dados foram apresentados num evento realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social na manhã desta terça-feira, 18 no salão de eventos da Secretaria, na Rua Elias Carneiro de Arruda, Centro de Miranda. Na ação, profissionais do Creas apresentaram a educadores e a integrantes do Conselho Tutelar dados e informações sobre o quadro da exploração sexual infantil em Miranda. O encontro marcou o 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes.
“Estamos empenhados em apoiar a rede de proteção social, o Creas, o Conselho Tutelar, para enfrentarmos este mal e proteger as crianças mirandenses”, afirmou Fernando Henrique Albuquerque, assessor da Secretaria de Assistência Social, que representou o secretário Mauro Moraes.