Mutirão identifica famílias assentadas “invisíveis” que, sem cadastro social, não acessam benefícios sociais

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O assentamento Tupã-Baê é o mais distante da cidade. Algumas famílias, dependendo da localização de seus lotes, precisam percorrer cerca de 45 quilômetros de estradas de chão para ter acesso à cidade. Do Bandeirantes, outro assentamento de Miranda, a distância é menor – mas ainda considerável – cerca de 25 km até a área urbana do município.

Por esta distância, o acesso das famílias a serviços públicos é muito difícil. Nem todos possuem veículos próprios e, mesmo os que possuem, precisam usar com parcimônia diante dos atuais preços de combustíveis que tem onerado a economia familiar da cidade e do campo.

Boa parte dos moradores destes assentamentos enquadra-se como famílias que podem ter acesso a uma série de benefícios sociais. Para terem tais benefícios, como o Programa Bolsa Família por exemplo, é necessário o Cadastro Único ou CadÚnico, como é mais conhecido.

O CadÚnico é um registro do Governo Federal para identificar famílias de baixa-renda e, assim, fazer com que as mesmas tenham acesso aos benefícios de programas sociais.

Muitas das famílias dos assentamentos Bandeirantes, ou não tinham o CadÚnico ou estavam com o cadastro desatualizado – situações que impendem que elas acessem benefícios aos quais teriam direito. Isto porque o Cras (Centro de Referência da Assistência Social) –  instituição responsável por gerenciar o CadÚnico no município  –  funciona na área urbana.

Para enfrentar o problema da distância entre os assentados e o Cras, no final de setembro, uma equipe de técnicos da instituição se deslocou até os dois assentamentos para realizar atendimento in-loco e, assim, garantir o acesso de famílias assentadas a programas aos quais eles têm direito.

O mutirão atendeu 18 famílias no Tupã-Baê, das quais 6 foram para realizar o CadÚnico pela primeira vez. Já no Bandeirantes, onde foram atendidas 21 famílias, 13 são novo cadastro.

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