O auxílio emergencial acabou; o seguro-defeso, que é garantia de renda nos meses de piracema, está atrasado há quatro meses; a pesca, que é a principal fonte de renda, está proibida até 1º de março. Tudo isso num cenário em que o rio Miranda subiu, chegou a quase 8 metros acima do nível normal, desabrigando 25 famílias.
Esta é a vida da maioria dos pescadores ribeirinhos residentes em Miranda, a 210 quilômetros de Campo Grande. O município tem uma Colônia de Pescadores, entidade representativa da classe que têm pesca artesanal como sua principal fonte de renda.
Para amenizar a situação dos pescadores ribeirinhos, na semana passada, o Ipedi (Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural), organização do terceiro setor sediada em Miranda, entregou 300 cestas de alimentos para a Colônia de Pescadores, que fez a distribuição para famílias mais necessitadas.
As cestas foram viabilizadas pelo Ipedi, com apoio do movimento solidário Comitiva Esperança, junto à iniciativa Ação da Cidadania com o apoio do grupo CCR, concessionária de rodovias. A Prefeitura de Miranda e a vereadora Elange Ribeiro (PSD) apoiaram a distribuição.
“As cestas apenas amenizam um problema emergencial. Embora nosso trabalho seja focado em aspectos educacionais e culturais, não nos furtamos de estarmos junto com as nossas comunidades neste momento crítico agravado pela pandemia”, diz a presidente do Ipedi, Denise Silva.