Sejamos Natal na vida de alguém

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Tania Maria Pellin

Aproxima-se a data máxima do ano, Natal; O comércio está em festa, as luzes atraem muitos olhares, as vendas impulsionam ao consumismo. Mas o que é o Natal para mim e para você? Certamente vai além dos presentes, festas, comemorações e muita comida, para os que podem comprar, lógico. Talvez esta outra face de quem esta fora do consumo ou consumismo, não apareça nas vitrines iluminadas.

Comemorado inicialmente entre os séculos       II e IV da Era Cristã, para atrair mais fies ao Cristianismo, pois este foi um momento de afirmação da cristandade, antes festa pagã para celebrar o solstício de inverno e com o advento do Cristianismo foi oficializada como Natale Domini,, Natal do Senhor.

Se é para celebrar o nascimento do Senhor Jesus, então é uma data para confraternizar, exercitar solidariedade e acima de tudo, reverenciar o aniversariante, agradecer pelo sangue derramado pelo perdão dos nossos pecados. De acordo com Max Lucado Caso nossa maior necessidade fosse informação, Deus nos teria enviado um educador. Se nossa maior necessidade fosse tecnologia, Deus teria nos enviado um cientista. Se nossa necessidade fosse dinheiro, Deus teria nos enviado um economista. Mas, uma vez que nossa maior necessidade era o perdão, Deus nos enviou o Salvador.

Nesta citação, ou em simplesmente em nosso coração, percebemos a grandiosidade do amor de Deus, enviou um Salvador para nos conduzir ao caminho não tortuoso, a um terreno plano, onde a justiça e o amor reinam. E, portanto, precisamos ser moldados, ensinados, reconhecer que temos um propósito a desenvolver, que não estamos aqui por acaso.

Esta semana uma cena me chamou a atenção, fiquei chocada com o que visualizei, as lágrimas vieram à minha face, e ali no trânsito da cidade grande chorei. Em meio ao trânsito agitado, um cadeirante ágil percorria por entre os carros, para apanhar algumas moedas. O olhar daquele homem, o semblante dele, é algo que ficará para sempre marcado em minha memória.

Para este simples homem o significa Natal? Significa o nascimento de uma criança humilde, de família humilde e não presentes, luzes e festas.

Fico a imaginar o cotidiano daquele cristão, lutando de maneira inusitada atrás de míseras moedas que farão a diferença em sua vida, entre ter, e o não ter o arroz e feijão na mesa.  Percebi o quanto somos egoístas, o quanto precisamos melhorar, eu inclusive, pois quem ali estava, e precisava da lição de vida, era eu.

Corremos tanto no dia a dia, que acabamos por esquecer por que estamos aqui. Em um artigo anterior, mencionei o propósito de estarmos aqui Muitos de nós acreditamos, que fazemos parte do sonho do coração de Deus. Que bem antes do nosso nascimento, já estava tudo preparado: o Continente que nasceríamos o país, a cidade, a família, enfim, tudo faz parte de um propósito Dele, e atingirá o objetivo para o qual foi gerado, enviado. Se observarmos com cautela, perceberemos que tudo em nossa vida tem uma determinada função e objetivo. Nada nos acontece ao acaso.

Precisamos sim, vencer a autossuficiência, arrogância, a soberba, o orgulho, a incredulidade, os anjos ainda cantam e a estrela ainda nos chama.

O livro de Isaías 6:9 proclama “Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado… e ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. ” A maravilha disso tudo é que, Ele ama cada um de nós, como se tivesse somente um de nós para amar.

Não podemos mais permitir que as tarefas da manhã, da tarde, nos privem de fazer a diferença na vida de alguém, sabemos que as mesmas precisam ser concluídas. Mas ainda há muito o que fazer na vida das pessoas que estão no nosso cotidiano, lembre-se “elas não estão aí por acaso”.

Quando Jesus nasceu, a história conhecemos, todos estavam muito ocupados, ninguém percebeu a jovem mãe prestes a dar à luz. Não se importaram se ela e o bebê estariam bem, se estariam em um lugar propício para o parto. Negligenciaram, viraram a face, sem compaixão. Mas o impossível ocorreu. Deus entrou no mundo como um bebê. Ali, em meio a manjedoura, sem plateia, sem o amparo de uma parteira, como de costume na época.

Eles estavam muito ocupados, sem tempo, sem espaço. Os afazeres da vida, a agitação do que estava ocorrendo não permitiu que o Rei dos Reis fosse percebido, e Ele nasceu no anonimato, e do mesmo modo hoje, Ele espera que nós o recebamos em nossas vidas, e que de maneira simples aprendamos a dar a mão ao que tem fome e sede. Não somente nesta época do ano quando os corações estão sensíveis, mas sim, durante toda nossa jornada nesta vida passageira.

Precisamos viver a magia do Natal em forma do amor de Deus, para através dele ser o Natal na vida de alguém. Se nada aprendemos com os ensinamentos do grande Mestre, então nossas veredas foram desperdiçadas, não cumprimos com o nosso propósito e não fomos Natal na vida de alguém.

Feliz e abençoado Natal.

 

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