Uma mulher de 22 anos foi presa por torturar a filha de 3 anos durante supostos “rituais de cura” em uma aldeia indígena de Aquidauana. A criança sofreu queimaduras nas pernas, além de lesões graves no ânus e precisou ser submetida a cirurgia no Hospital Regional da cidade.
O caso foi descoberto após a própria autora procurar atendimento para a filha no hospital da região. Após constatar a gravidade dos ferimentos e desconfiar que a menina foi vítima de abuso sexual, o médico da unidade avisou o Conselho Tutelar e a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher).
A menina foi imediatamente transferida o Hospital Regional. Segundo divulgado pela Polícia Civil, a mãe foi levada para a delegacia e em um primeiro momento acusou o padrasto da filha pelo abuso. Diante da situação, a equipe da delegacia especializado foi até a fazenda em que ele trabalhava.
O homem também foi levado para a unidade policial e negou o crime. Relevou ainda que que a criança estava sofrendo de constipação intestinal há 10 dias e que a mãe e a avó da menina haviam introduzido um objeto fino, tipo palito de unha, e o dedo no ânus da criança para “tentar resolver a situação”.
A mulher contou então que a filha também foi levada até uma curandeira da aldeia e que durante o “ritual de cura” foi forçada a sentar em um tijolo fervendo, o que causou as queimaduras na perna da menina.
Os ferimentos e da constipação intestinal da criança eram tão graves que ela precisou passar por cirurgia de emergência. A princípio não foi constato indícios de abuso sexual.
Apesar de entrar em contradição várias vezes, a suspeita confessou ter mentido sobre a acusação de estupro contra o companheiro. Ela foi presa em flagrante pelo crime de tortura com aumento de pena por ter sido cometida contra criança. Os demais envolvidos serão intimados para prestar depoimento sobre os fatos.