MS registra o 2º maior crescimento de produção de grãos do País, aponta a Conab

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2020/21, nesta quinta-feira (11), no qual mostra uma alta na produção, produtividade e área referente à produção agrícola do Estado. O estudo aponta que o aumento registrado em Mato Grosso do Sul é o maior do Centro-Oeste e o segundo maior do País, em área e volume previsto para a temporada.

Na avaliação da analista técnica do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Bruna Dias, o resultado do investimento do produtor rural nas lavouras do Estado está associado à demanda. “Motivadas pelo forte percentual comercializado, as demandas interna e externa aquecidas colaboram para o atual cenário de expansão da soja e do milho, o que favorece as expectativas do produtor rural”.

De acordo com os números da Conab, a previsão é de a área prevista para o plantio de grãos em Mato Grosso do Sul, é de 5,4 milhões de hectares, com alta de 7,1% em relação ao ano anterior. A produção está prevista em 22,5 milhões de toneladas, 9,4% a mais que na safra anterior. Em ambos os casos é o segundo maior aumento do País e o maior avanço do Centro-oeste.Diante disso, a especialista fala do valor praticado no mercado agrícola e reforça o perfil sustentável do agricultor. “A alta das cotações no mercado doméstico, aliada ao aumento da demanda externa, impulsiona a expansão da área plantada –  crescimento que se dá por meio da mudança no uso do solo, ou seja, transformando áreas de pastagem acometidas com algum nível de degradação em áreas produtivas”.

A produtividade está prevista em 2.227 quilos por hectare, 11,4% a mais que na safra anterior, quando para cada hectare era possível colher 2 mil quilos de grãos. “Já o avanço da produtividade de grãos é proveniente de uma combinação de fatores, como manejo, tecnologias de aplicação e variedades adequadas ao clima e solo do estado. Vale destacar que, cada vez mais, Mato Grosso do Sul tem incorporado tecnologias desenvolvidas nos centros de pesquisa de campo, como Embrapa, Fundação MS, Fundação Chapadão e Universidades. Todas essas iniciativas conferem um elevado nível de sustentabilidade ao processo de expansão da cultura em Mato Grosso do Sul.”

Destaque para o milho – 2ª safraPara o secretário de Gestão Estratégica do Governo do Estado, Eduardo Corrêa Riedel, o papel desempenhado na porteira para dentro reflete no desenvolvimento econômico estadual e nacional.  “O bom desempenho da agricultura, assim como os demais setores do agronegócio, tem impulsionado fortemente a economia de Mato Grosso do Sul gerando empregos, renda e crescimento. Uma prova disso foi que em 2020, mesmo com a pandemia, ficamos entre os únicos oito estados que aumentaram a arrecadação, fato que permitiu ao governo estadual manter o ritmo de investimentos em todas as áreas: saúde, educação, segurança pública e infraestrutura”, avalia.

Segundo a Conab, em Mato Grosso do Sul, os produtores estão com os insumos necessários para a semeadura do milho em suas propriedades, aguardando apenas a colheita da soja para iniciarem a operação, prevendo-se um aumento significativo na área cultivada. Com relação à genética das sementes que serão utilizadas, aproximadamente 80% da área será semeada com sementes de alta tecnologia, 18% com média e 2% com baixa. Já em referência aos ciclos dos híbridos, 88% serão precoces, 11% médios e 1% tardio. A comercialização futura desta segunda safra está em torno de 20%, considerado baixo em relação aos anos anteriores.

Na produção de milho, segunda safra, a previsão é de que 10,5 milhões de toneladas sejam colhidas, com aumento de 21,3% em relação ao ano anterior, crescimento que é inferior apenas ao Piauí que poderá dobrar sua produção. A estimativa do Siga/MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio) é de que a colheita ultrapasse 10,6 milhões de toneladas.

Soja – A Conab aponta ainda que o pico previsto da colheita de soja ocorrerá entre 15 de fevereiro e 15 de março na maior parte dos municípios produtores, conciliando com o melhor período para semeadura do milho segunda safra.  Em Mato Grosso do Sul, o destaque foram as questões climáticas, com ênfase no alto volume precipitado em janeiro e elevado número de dias nublados. Segundo o Siga, a produção da oleaginosa deve atingir 11,6 milhões de toneladas. Para a Conab, 11,5 milhões.

Clique aqui e acesse o relatório da Conab.

Fonte: Portal do MS

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