Parafusos de geleia – parte II

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Por Tania Maria Pellin

Continuando com nosso diálogo, sobre os efeitos do “não” na vida de nossas crianças e dificuldades na educação do nosso bem mais precioso, cabe ressaltar, pelo menos em parte, nossa herança cultural.

Crescemos com uma referência singular da figura paterna, aquele homem forte, nosso herói, nele podíamos confiar sem medos, perto dele, nos sentíamos protegidos. A ele, cabia uma responsabilidade que o estimulava a ser o pilar de sustentação em um lar.

Na outra ponta, eram onipotentes abusavam do patriarcalismo, determinando suas vontades, inclusive no futuro dos filhos, o que prevalecia era sua vontade. Eram os machos-alfa, lembrando que este, era o macho dominante, aquele que mantem seu poder enquanto for o mais forte, mas será imediatamente deposto se for vencido.

Atualmente nos deparamos com a figura paterna se apresentando de maneira frágil, sem convicção de suas responsabilidades. Não desempenha a função outrora vivenciada, não tem uma base como referência, perde-se em meio aos desafios, não consegue assimilar sua função. A autoridade a ele outorgada se dissipou.

O reflexo desta mudança é visivelmente notado nos adolescentes e jovens atuais. “Se levam um apertão, ESPANAM. Não foram educados para suportar o não.

O parafuso de geleia é comumente encontrado nesta sequência: avós autoritários, pais permissivos, netos sem limites. E assim nossas crianças viram geleia.

Parafusos de geleia, imagine, assim estão nossos adolescentes, os jovens, jovens pais. Não sabem como conduzir a responsabilidade a eles imposta com o casamento. Não consegue ser consistente em suas decisões. Em seus atos. Desiste facilmente. Motivo este que temos tantos lares desfeitos. Ricocheteiam, mas não conseguem atingir os objetivos a eles confiados.

Façamos uma comparação entre os pais autoritários e os pais permissivos.

Os autoritários, têm uma comunicação com seus filhos na base do medo, basta um simples olhar. Com medo os filhos acabam se perdendo em suas vontades e sonhos. Cedendo assim a postura imposta pela imposição dos pais. Temem ser punidos.

Os pais permissivos, são aqueles que permitem tudo. Os filhos destes, aparentemente são mais felizes, mas na prática, para elas tudo é confuso, e assim acabam tornando-se tristes e deprimidas. Elas precisam, sentem necessidades de serem corrigidas.

Não podemos, como pais educadores sermos autoritários e muito menos permissivos. Precisamos encontrar um meio termo para que exista um equilíbrio.

Como mãe, as vezes tenho receio de que falho, mas como educadora tenho a convicção de que podemos mudar; como ser humano tenho medo de uma geleia.

Içami Tiba de todos nós, Quem ama, Educa!

 

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